Fórum Africanidades: interseccionalidade
Informações do evento
Sobre este evento
Conversa com convidadas:
Ana Carolina Lourenço, Ynaê Lopes e Flávia Oliveira
Sexta-feira, dia 18 de outubro, das 15h às 18 h
A área de educação do IMS-Rio promove o II Fórum Africanidades, com o objetivo de aprofundar a discussão sobre as relações raciais no Brasil e seus impactos nos circuitos das artes visuais e nas instituições de educação.
No Brasil, é determinada por lei a inserção do conteúdo história e cultura afro-brasileira nas grades curriculares das instituições de ensino. Porém, apesar da obrigatoriedade, a aplicação da lei esbarra em vários obstáculos gerados pelo racismo. No que tange os espaços não formais de educação, as instituições culturais ainda são marcadas pela pouca diversidade e, apesar de se colocarem como ambientes de pluralidade, em sua maioria são caracterizadas pela homogeneidade de seus agentes o que se reflete suas programações. Tendo em mente os fins públicos dessas instituições e o compromisso por elas assumido de conservar, investigar, comunicar e expor o patrimônio material e imaterial da humanidade, consideramos que também no universo da arte é importante abrir espaços para a luta antirracista afim de que esses objetivos sejam alcançados em sua plenitude.
O racismo é um sistema complexo de opressão e estruturante da cultura brasileira. Sua desconstrução só possível a partir de um exercício crítico feito de forma ampla e complexa que se reverta em ações práticas. Com esse intuito, convidamos três mulheres que tem trabalhado no sentido contrário das estruturas hegemônicas, brancas e eurocêntricas, em suas respectivas áreas de atuação. Essas profissionais contribuem para o desmonte de paradigmas racistas históricos no campo da representação e da produção de conhecimento.
O tema que norteará a discussão deste Fórum será interseccionalidade. O termo, cunhado por Kymberli Kreeshal e Angela Davis, busca entender o racismo a partir de suas articulações com outras formas de opressão, tais como o sexismo e a homofobia.
Como a interseccionalidade amplia as discussões sobre racismo nos mais diferentes contextos sociais onde ele se manifesta?
Sobre as convidadas:
Ana Carolina Lourenço é museóloga (Unirio) com mestrado em Ciências Sociais (UERJ). Nos últimos anos tem atuado em diversas instituições museológicas e de pesquisa latino-americanas, como especial interesse nos temas: políticas de memória, relações raciais e democracia. Em 2018, foi co-fundadora do Movimento Mulheres Negras Decidem que através de estratégias inovadoras visa reposicionar o lugar das mulheres negras na sociedade brasileira.
Ynaê Lopes dos Santos é professora de História da América da Universidade Federal Fluminense (UFF). Bacharel, mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USO), Ynaê Lopes é especialista em História da escravidão e das relações étnico-raciais nas Américas e ensino de História da África. É autora dos livro: Além da Senzala. Arranjos Escravos de Moradia no Rio de Janeiro (1808-1850), HUCITEC/2010 e História da África e do Brasil Afrodescendente, Pallas, 2017.
Flávia Oliveira formou-se em jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF). É técnica em estatística pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence). Tem 27 anos de experiência em jornalismo diário na cobertura de economia, indicadores sociais, empreendedorismo, desigualdades de gênero e raça, segurança pública. É colunista do jornal O Globo. Comenta economia nos telejornais “Estúdio i’ e “Edição das 18h”, do canal GloboNews, e “CBN Rio”, da rádio CBN. Apresentou a temporada 2019 do programa “Entrevista” do Canal Futura. É membro dos conselhos consultivos da Anistia Internacional Brasil, da ONG Uma Gota no Oceano, do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), do Observatório de Favelas, da Agência Lupa e do Projeto Aliança. Integra a comissão de matriz africana do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
Perguntas frequentes
Quais são minhas opções de transporte/estacionamento para chegar ao evento?
Linhas de ônibus: TRONCAL 5 (Alto Gávea - Central – Via Praia de Botafogo), 112 (Rodoviária - Alto Gávea), 538 (Rocinha - Botafogo), 539 (Rocinha - Leme), ônibus executivo (frescão) Praça Mauá – Gávea.
Metrô: Integração Gávea
Estacionamento e bicicletário gratuitos, a saída é mediante entrega de ticket carimbado pela recepção.
Como posso entrar em contato com o organizador se tiver perguntas? Pelo e-mail imsrj@ims.com.br.
Preciso levar meu ingresso impresso para o evento? Não é necessário levar o ingresso impresso, apenas um comprovante de identidade e apresentar-se na recepção do IMS para check-in.
Posso atualizar as informações da minha inscrição? A atualização de informações pode ser feita até 1 dia antes do início do curso.
O nome no meu ingresso ou na minha inscrição não coincide com o nome do participante. Há algum problema? Sim, é preciso que o nome da matrícula seja o mesmo de quem irá frequentar o curso. Caso tenha comprado o curso para outra pessoa, é possível fazer a transferência do mesmo até 1 dia antes do início do curso.
Crédito da imagem: Chichico Alkimim. Retratos de estúdio 4. MG. 1920 década.